A mostra é composta por dez obras do renomado artista Mario Cravo, que faleceu em agosto deste, e fazem parte do acervo da galeria de Paulo Darzé, que também assina a curadoria do projeto. Renomado pelo seu relevante legado junto à cultura baiana, Cravo trabalhou, desde os anos 80, para compor o acervo que conta, ao todo, com um conjunto de 66 cabeças. Com exceção de algumas peças, as obras foram esculpidas com a madeira que sobrou do incêndio que destruiu o antigo Mercado Modelo, no início dos anos 80. A exposição poderá ser vista gratuitamente até o dia 21/09, sempre de segunda a sexta, das 09h às 12h e das 13h30 às 17h e, aos sábados, de 09h às 12h.
De acordo com Claudia Vaz, diretora Executiva do IACM, Mario Cravo foi escolhido por deixar um legado material e intelectual para a cultura baiana. “O senador e Mario Cravo são figuras icônicas na Bahia. Eles partiram, mas deixaram um legado cultural importante, de destaque no cenário nacional. Por isso mesmo, nesta oitava edição, a Semana de Ação, Cidadania e Memória homenageia esse importante artista modernista que levou a Bahia para fora do Brasil”, explica Vaz.
ACM
Nascido em Salvador, em 4 de setembro de 1927, Antonio Carlos Peixoto de Magalhães ingressou na carreira política em 1954, quando elegeu-se Deputado Estadual da Bahia. Entre os cargos públicos que assumiu a partir daí, está o de Deputado Federal por três mandatos consecutivos, a partir de 1958 e o de prefeito de Salvador, em 1967.
ACM assumiu também o governo do estado da Bahia em três ocasiões. A primeira vez em 1971 e novamente entre os anos de 1979 e 1983, e de 1991 a 1994, após ter ganhado no primeiro turno. Em 1994, foi eleito senador e chegou a presidir a casa entre 1997 a 2001, voltando ao cargo em 2002.
ACM também ficou conhecido por ser o anfitrião do estado, atraindo para a Bahia a atenção de líderes políticos, religiosos e personalidades do mundo todo, a exemplo do sul-africano Nelson Mandela, o papa João Paulo II, o piloto Emmerson Fittipaldi, entre outros, com baianos como Maria Bethânia, Jorge Amado e o próprio Mário Cravo sempre gozou da relação de boa amizade.
Em 20 de julho de 2007, veio a falecer, deixando um legado e exemplo de amor à Bahia por meio de ações que transformaram e modernizaram o estado em 55 anos de vida pública.