Momento do Empreendedor

Seguindo as ações de empreendedorismo e formação que vem sendo desenvolvidas, o Instituto ACM lança o Momento do Empreendedor. A ideia do projeto é trazer conteúdos, em formatos diversos, sobre empreendedorismo, mercado, tendências, inovação e tecnologia numa linguagem acessível para o público em geral.

Confira, abaixo, as duas temporadas, com 15 episódios em áudio originalmente veiculados na rádio GFM, levando ao público dicas rápidas e conteúdos resumidos sobre assuntos relevantes, como Empreendedorismo Social, Mercado dos Solteiros e Empreendedorismo na Maturidade, Gestão do Conhecimento e Educação Corporativa.

Estão também disponíveis os artigos escritos pelo consultor Fábio Martins, da Projek Consultoria, que foram originalmente publicados no jornal Correio.

O Momento do Empreendedor é uma parceria do Instituto ACM com a Projek Consultoria e conta com o apoio da Rede Bahia.

 

Episódios 2ª temporada

Crowdfunding

O crowdfunding é  uma tendência atual das empresas e startups que estão em busca de um financiamento para tirar as suas ideias do papel. Também chamado de financiamento coletivo, é feito através de plataformas online especializadas. É a famosa “vaquinha”, mas nesse caso são oferecidas recompensas e, em muitos casos, a oportunidade de o consumidor testar os produtos da empresa antes que eles cheguem ao mercado. Sendo assim, se você tem uma boa ideia e quer tirá-la do papel, o crowdfunding pode ser uma ótima opção.

 

Hackaton

Os hackathons são eventos que reúnem desenvolvedores de software, designers e outros profissionais relacionados à área de programação, com o intuito de, em um período curto de tempo, criarem soluções inovadoras para algum problema específico. Esse tipo de evento é muito benéfico para empresas, tanto quando elas são startups de base tecnológica ou quando são empresas tradicionais em busca de inovação. Isso porque expõe talentos de desenvolvimento e também auxilia na resolução de problemas por meio de tecnologia. Organizar um hackathon pode ser uma excelente maneira de criar soluções inovadoras para sua empresa ou selecionar profissionais para ingressarem na organização.

 

 

Persona

A persona é um personagem fictício criado para representar o cliente ideal. Ela é construída com base em dados reais de comportamento dos usuários. A persona do seu negócio pode ter uma idade específica ou pertencer a uma determinada faixa etária, possuir diferentes experiências profissionais ou não trabalhar, além de diversas preferências pessoais e expectativas. Ao criar o conteúdo certo para a pessoa certa, você estará atendendo à necessidade do seu potencial cliente e poderá ajudá-lo a tomar uma decisão inteligente. Por isso, deve-se traçar uma persona que seja a representação do seu cliente, com gostos, costumes, manias e até histórias de vida, sendo assim, a definição da persona do seu negócio. Certamente isso irá lhe ajudar a ser mais assertivo nas suas ações de marketing e vendas.

 

Educação Corporativa

Em outras palavras, a educação corporativa é muito mais do que um simples treinamento empresarial ou qualificação de mão-de-obra oferecida por uma empresa aos seus funcionários. No caso, trata-se de articular coerentemente as competências individuais e organizacionais no contexto mais amplo da empresa. Líderes e colaboradores precisam reciclar seus conhecimentos e se valer do aprendizado contínuo para melhorar o tempo gasto nas tarefas do dia-a-dia e conquistar maiores objetivos. Dessa forma, um bom plano de educação corporativa pode alavancar o seu negócio.

 

Biomimética

Esse termo vem de bio que significa vida e de mimética que significa imitação. Ou seja, imitação da vida. Sabemos que a natureza é a fonte mais antiga e sábia de todas e, cada vez mais, as empresas olham para ela em busca de ideias para resolver desafios complexos. Este é o conceito de biomimética, ou seja, a inspiração na natureza para criação de novos produtos, negócios e tecnologias. Como exemplo, durante o projeto do Trem Bala, no Japão, o engenheiro resolveu o problema dos altos ruídos gerados na entrada do trem nos túneis em alta velocidade, observando a forma como o pássaro martim-pescador mergulhava para pescar os peixes, sem espalhar a água. Hoje a frente do trem possui o formato inspirado no bico do martim-pescador.  Quer ter boas ideias para empreender? A observação da natureza pode ser uma opção.

 

Investidor Anjo

O investidor-anjo usualmente é um empresário, empreendedor ou executivo que já trilhou uma carreira de sucesso, acumulando recursos suficientes para alocar uma parte para investir em novas empresas, bem como aplicar sua experiência, apoiando a empresa em troca de um percentual do negócio. O termo “anjo” é utilizado pelo fato de não ser um investidor exclusivamente financeiro que fornece apenas o capital necessário para o negócio, mas por apoiar o empreendedor, aplicando seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamento para orientá-lo e aumentar suas chances de sucesso. Se você tem uma boa ideia para empreender e não tem capital para começar o negócio, procurar um investidor-anjo pode ser uma boa opção.

 

 

Gestão do Conhecimento

Gestão do conhecimento é um conceito bastante amplo que engloba uma série de ações que as empresas já fazem ou deveriam fazer no seu dia-a-dia. O resumo mais usado é “identificar e analisar os conhecimentos disponíveis e desejáveis para o desenvolvimento da empresa”. O que isso significa? Primeiramente, isso significa identificar quais são os conhecimentos que seus funcionários e você tem e que são usados para fazer a sua empresa funcionar. Em segundo lugar, o conceito também engloba a transformação desses conhecimentos disponíveis em forma de processos para que sua empresa não fique dependente da competência de alguns funcionários específicos. Por fim, gestão do conhecimento ainda é saber quais são as competências que seriam interessantes você desenvolver para fazer a sua empresa funcionar melhor. Dessa forma, a gestão do conhecimento é uma ótima ferramenta para auxiliar o desenvolvimento do seu negócio. 

 

Episódios 1ª temporada

Empreendedorismo Social

Empreendedorismo na Maturidade

O Mercado do Aluguel de Tudo

Single Market ou O Mercado dos Solteiros

As Novas Empresas de Upcycling

História do fundador do WhatsApp (Jan koum)

O Mercado de Insurtechs – Startups para Seguros On-line

Artigos

Fábio Martins é mestre em administração estratégica, professor da graduação e pós-graduação nos cursos de Administração e Engenharia, consultor em Gestão Empresarial e CEO da PROJEK Consultoria.

 

O que o Delivery Aprendeu em 2020

Diante de um cenário adverso para os negócios, o setor de delivery merece um destaque à parte. Com o aumento das pessoas trabalhando e estudando em casa, muitas passaram a comprar produtos prontos para consumir em suas residências.

Contudo, muitos bares e restaurantes não estavam preparados para uma mudança no hábito do consumidor tão abrupta. Trabalhar com o delivery de alimentos exige planejamento, forte presença digital, processos alinhados e uma equipe bem treinada. Além disso, todos esses ajustes levam tempo para serem implementados.

A presença digital se tornou obrigatória pela necessidade das empresas serem encontradas de forma instantânea. Os cardápios, catálogos e listas de produtos, com fotos, preços e descrições passaram a ser a forma mais eficiente de se comunicar com os clientes, aumentando a visibilidade das marcas e do seu posicionamento digital.

O atendimento aos clientes em tempo real mudou definitivamente os processos internos dos negócios, exigindo profissionais adequados para respostas imediatas e precisas através de diversos canais, como aplicativos de mensagens e de entregas de comidas.

De acordo com o Digital Market Outlook, plataforma mundial de pesquisas, a previsão é que o país encerre 2020 com 17,3 milhões de usuários de apps do tipo “plataforma para o consumidor”. Já as soluções de delivery “restaurante para o consumidor” devem atingir 39 milhões de usuários em todo o país até 2024.

As empresas também tiveram que oferecer uma maior flexibilidade em relação aos meios de pagamento para tornar o processo de solicitação do pedido, pagamento e entrega mais ágeis. Além dos tradicionais meios, como débito e crédito, houve o aumento do uso do QR Code, NFC (Near Field Communication) e PIX, sem contar que ainda existe espaço para a inserção dos meios de pagamentos por Biometria, Reconhecimento Facial e Criptomoedas nos próximos anos.

Com o isolamento social, o delivery passou a ser praticamente o único momento de contato físico com o cliente. Muitas empresas tem investido na capacitação dos entregadores e na inovação das embalagens, visando a proporcionar uma apresentação diferenciada do produto ao seu cliente. Isso abre espaço para um serviço de delivery mais profissionalizado, gerando diferenciais competitivos para o mercado.

Em 2020, segundo a Statista, plataforma de pesquisas alemã, somente no Brasil o faturamento do segmento será de 3,3 bilhões de dólares, refletindo um crescimento de 33,5% em relação ao ano passado. De acordo com o Digital Market Outlook, para 2021, a tendência é que o mercado continue em expansão.

Mesmo que o isolamento chegue ao fim em pouco tempo, é preciso levar em conta que o comportamento dos consumidores não voltará a ser o mesmo de antes, pois alguns hábitos foram incorporados ao mercado e isso abre um espaço para a criação de novas oportunidades num segmento em forte crescimento.

Esse artigo foi originalmente publicado no jornal Correio, em 29/12/20.

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Os Jovens Empreendedores Estão Reféns da Inovação?

Ser dono do próprio negócio ainda é um sonho para muitos brasileiros, principalmente com a escassez atual de empregos. Contudo, tenho observado entre potenciais empreendedores, especialmente os mais jovens, que existe uma tendência exagerada em somente abrir um negócio se ele for inovador, disruptivo, escalável e tecnológico.

Ressaltando isso, recentemente ouvi de um jovem empreendedor que desejava abrir um restaurante temático, que suas principais preocupações naquele momento eram os cardápios digitais, apps personalizados, pagamentos por aproximação, sistema mobile de pedido integrado com a cozinha, podendo fazer customizações dos pratos em tempo real e projetores digitais nas mesas, gerando um efeito visual interativo para o cliente, baseado em inteligência artificial.

Refletindo sobre isso, ressalto que o consumidor quando vai a um restaurante não está somente preocupado com a inovação do estabelecimento e sim em ter uma boa experiência de consumo. Sendo assim, alguns fatores continuam sendo importantes, tais como: estacionamento adequado, recepcionista, ambiente decorado e climatizado, música agradável, equipe bem treinada, banheiros limpos e perfumados, excelência no atendimento, preço proporcional ao serviço, pratos deliciosos e bebidas harmonizadas.

A importância da inovação e da tecnologia são inquestionáveis, pois a humanidade chegou até aqui através delas ao longo dos séculos, mas temo que a essência do empreendedorismo da nova geração esteja sendo ofuscada por um certo modismo em tornar a inovação obrigatória, sem antes avaliar de forma criteriosa as variáveis de mercado.

Inovação e empreendedorismo estão diretamente ligados, mas a relação deve ser de parceria e não de subordinação. Deixar de negociar algum produto ou serviço somente por ele não ser inovador, mesmo sabendo que há espaço para a sua comercialização no mercado, coloca em xeque tudo que aprendemos nas últimas décadas sobre gestão de negócios.

É certo que, com a pandemia, houve uma aceleração da digitalização das empresas e negócios com base em inovação tiveram um crescimento significativo e proporcional ao risco do investimento. Porém, em tempos de pós-pandemia, abrir um negócio tradicional, previsível e de menor risco também se tornou uma possibilidade importante a ser considerada, especialmente para os jovens empreendedores que desejam iniciar suas atividades empresariais num período de incertezas e grande volatilidade do mercado.

Dessa forma, ao longo dos próximos anos, ainda acredito que existe muito espaço para empreendedores de base tradicional, que simplesmente entreguem no prazo a mercadoria, que lavem e passem bem roupas, que façam bons pães e que sirvam uma boa mesa, pois para todos eles o consumidor quer somente uma coisa, ter uma boa experiência de consumo.

Esse artigo foi originalmente publicado no jornal Correio, em 26/01/21.

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A Internet não Será Mais a Mesma

A Internet é, sem dúvida, uma das maiores invenções já criadas pelo homem. Desde que surgiu, abriu as portas para novos desenvolvimentos tecnológicos que continuam avançando até hoje, transformando o modo como vivemos e nos relacionamos.

Atualmente, viver sem a Internet é simplesmente impensável, mas certamente o modelo que nos acostumamos está perto do fim. Aquela ideia de democratização da informação, possibilitando construir plataformas que pudessem ser acessadas e usadas da mesma forma, por qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, está seriamente ameaçada.

Ao longo das últimas duas décadas, as gigantes da tecnologia, como Google, Facebook, Whatsapp, Twitter e outras cresceram sem maiores regulações governamentais, mas uma combinação de nacionalismo crescente, concorrência e preocupações sobre o domínio do mercado de certas empresas globais de tecnologia tem gerado ameaças de repressão regulatória em todo o mundo.

Essas empresas cresceram de tal forma que passaram a poder influenciar nações e sociedades de acordo com a veiculação da informação. Era esperado que isso geraria uma reação em determinado momento, pois como já dizia Newton, para toda força de ação existe uma força de reação que possui o mesmo módulo e direção, porém em sentido contrário.

Dessa forma, temos acompanhado um forte movimento impondo regulações às empresas de tecnologia. A Europa está discutindo uma regulamentação que poderia impor proibições temporárias a empresas de tecnologia dos EUA que violem suas leis. Os EUA chegaram quase a banir o TikTok e WeChat do país por acusações de espionagem e violações à segurança americana.

No mês passado, acompanhamos a briga entre o Facebook e o governo australiano em virtude de um projeto de lei que pretende exigir que as gigantes da tecnologia paguem aos editores de conteúdo noticioso por tudo o que eles produzem. Inclusive o projeto australiano sobre a remuneração de editores de notícias tem sido acompanhado com atenção por todos, pois pode ser um modelo a ser adotado por diversos outros países, apontando um caminho a ser seguido na regulamentação e controle sobre as notícias nas mídias sociais.

Certamente estamos caminhando rapidamente para o fracionamento da internet de acordo com as regulações de cada país, pois o que é legal e permitido num país, pode não ser no outro. Esse fenômeno já tem um nome, as “splinternets” que são coleções de internets com delimitações geográficas de acordo com a legislação sobre o produção e controle das notícias e informações de cada país.

As “splinternets” representam um forte freio no ímpeto de crescimento das Big Techs e poderão produzir visões diferentes do mesmo fato de acordo com a legislação do país que controla o acesso à produção e difusão da informação, podendo gerar sociedades com avaliações fragmentadas sobre a realidade global. Esse novo modelo exigirá também das empresas de tecnologia uma reestruturação da estratégia de negócio e infraestrutura operacional, visto que cada país teria seu modo de funcionamento e suas regulações nacionais.

O ideal seria que tivéssemos um esforço transnacional, no qual pudéssemos ter uma legislação abrangendo um maior número de países possível, preservando a unidade da internet que hoje agrupa os povos em todas as partes do mundo, mas sem ferir a integridade e os interesses nacionais.

Claro que estamos muito longe disso, pois existem diferentes interesses na mesa no momento, mas fica aqui o desejo de integração, inclusão e união através da maior rede mundial.

Esse artigo foi originalmente publicado no jornal Correio, em 17/03/21.

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